*Escrito pela Marelli.
Como aplicar a neuroarquitetura no ambiente corporativo?
A cada dia as relações de trabalho e a qualidade de vida do colaborador estão fazendo parte de debates e discussões no mundo dos negócios. Como bem sabemos, o local desperta e estimula sensações nas pessoas, desse modo, chegou-se a um novo campo do conhecimento: a neuroarquitetura no ambiente corporativo.
Com o crescimento de propostas mais humanizadas, muitos empresários estão em busca de modernizar os ambientes corporativos, melhorar a qualidade desses espaços para os colaboradores e promover uma interação mais fluida entre pessoas e locais de trabalho.
Assim, faz-se necessário ampliar os estudos acerca da neurociência e suas aplicações nas empresas. Por isso, nos aprofundaremos no conceito de no ambiente corporativo e mostraremos a você o quanto é importante inseri-la no planejamento estratégico e no dia a dia das equipes. Acompanhe as dicas e considere como levá-las para sua realidade, de acordo com valores e objetivos da marca.
O que é a neuroarquitetura?
Antes de analisarmos a aplicação da neuroarquitetura na prática de uma organização, é essencial entender o conceito. Grosso modo, o termo é uma junção, uma área de interseção entre a neurociência e a arquitetura.
As duas esferas tratam da interação de indivíduos e grupos com o ambiente. A arquitetura no sentido de oferecer praticidade, ergonomia, funcionalidade. A neurociência, por sua vez, está ligada à forma de perceber, de sentir o ambiente. Por exemplo, sensação agradável, acolhimento ou sensação de sufocamento, caos.
A intenção de uni-las é exatamente entender quais elementos são capazes de se conectar com o estado de espírito desejado no espaço em questão e materializar tudo isso na estrutura, nos móveis, na decoração, no bom aproveitamento — e se for o caso, na otimização de espaços pequenos.
Como aplicar neuroarquitetura no ambiente corporativo?
Levar a neuroarquitetura para a rotina da empresa pode ser mais simples do que parece. Sim, os estudos são complexos, e como toda estratégia, precisa ser estudada, analisada e testada. Isso leva à realização das ideias propostas e dá origens a projetos de escritórios criativos, agradáveis e estimulantes.
Selecionamos os principais pontos em que a neuroarquitetura pode ser muito bem explorada. Veja só:
1. Cores adequadas
As cores são conhecidas por gerarem efeitos psicológicos nas pessoas e estimularem reações. Essa propriedade é muito explorada pelo marketing e pela publicidade, e há resultados comprovados dessa influência.
É preciso entender a chamada psicologia das cores e optar por aquelas que estão relacionadas ao negócio. Um exemplo clássico são as praças de alimentação repletas de amarelo e vermelho, cujas as propriedades estão relacionadas a movimento, energia, paixão e fome. São escolhas certeiras para redes de fast-food.
A maior parte dos projetos corporativos tem como base as paletas neutras e detalhes em cores fortes. Isso equilibra os tons, elimina a monotonia e tem uma elegância ímpar. Para auxiliar na escolha dos tons é importante destacar a relação entre as cores e as sensações, como a seguir:
2. Isolamento acústico
O som tem forte influência na concentração e no rendimento dos colaboradores. Muitas empresas optam pelo som ambiente, para dar vida ao local, e é preciso entender a natureza das atividades da organização para encontrar conforto sonoro para os funcionários.
O isolamento acústico e os sons suaves promovem tranquilidade, concentração e conforto auditivo. Isso é indispensável em escritórios. Por outro lado, caso o negócio seja uma loja de roupas bem badalada, é preciso contar com uma playlist bem vibrante e em um tom mais alto.
Além disso, o volume de ruídos está relacionado não só ao humor, mas, também, à saúde física do colaborador. O recomendado para postos de trabalho nos escritórios está entre 60 e 65 decibéis.
3. Iluminação natural
A iluminação é outro pilar do conforto e da qualidade de vida no trabalho. A intensidade da iluminação e suas cores estão ligadas a sensações como aconchego e transparência.
Uma sala de espera, por exemplo, ou uma recepção pedem uma luz mais baixa e amarelada, pois dão essa sensação de acolhimento. Já a sala de reunião abriga bem uma iluminação mais forte, que gera um efeito de clareza, transparência — muito importante em negociações.
Está também relacionada à ergonomia do local de trabalho, pois é preciso que cada atividade tenha a iluminação adequada à sua execução. Luz fraca ou excessiva prejudica a visão e gera um desconforto tão grande a ponto de atrapalhar a produtividade.
Quais as vantagens da neuroarquitetura?
A neuroarquitetura faz com que o colaborador tenha mais condições de realizar seu trabalho, tanto no que diz respeito a materiais e equipamentos quanto à atmosfera da empresa. Além do aumento expressivo da produtividade, unir a neurociência e a arquitetura traz resultados muito proveitosos do ponto de vista do indivíduo. Entre todos, destacam-se:
Quem não quer trabalhar em um ambiente confortável e que possibilita a plena realização de suas funções, não é mesmo? Esses são fatores que geram bem-estar no colaborador e são parte do conjunto de aspectos que compõem a motivação das pessoas nas empresas.
Como apresentamos, alguns fatores englobados pela neuroarquitetura estão relacionados à saúde física do colaborador, como luz ideal, ventilação conforme normas, ergonomia dos móveis. Tudo isso evita problemas de saúde, desconfortos e insatisfações.
A neuroarquitetura pode ser aplicada no layout do escritório, e isso tem forte ligação com as relações que serão estabelecidas ali. E um escritório em formato mais aberto e integrado é capaz de incentivar e promover a interação entre colaboradores e equipes.
A qualidade das relações entre pessoas e do trabalho pode ser influenciada e ampliada a partir da aplicação dos conhecimentos da neuroarquitetura no ambiente corporativo. Prova disso são as organizações que já estão experimentando os frutos desse investimento — isso no clima da empresa e no caixa.
Gostou das dicas da Marelli sobre como a neuroarquitetura no ambiente corporativo é estratégica para os negócios? Então, compartilhe esse conhecimento em suas redes sociais
Arquiteta, pós-graduada em Arquitetura de Interiores, se especializou em Projetos para Ambientes de Trabalho na escola alemã Mensch&Büro Akademie.
Única profissional no Brasil com a certificação “Quality Office Consultant”.
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