Pós-pandemia: o mercado imobiliário sob uma nova perspectiva 

Publicado em: 25/08/2020

PÓS-PANDEMIA: O MERCADO IMOBILIÁRIO SOB UMA NOVA PERSPECTIVA 

Maratona de lives gratuitas avalia o que muda no segmento nesta fase de transição para o “novo normal” 

 

No “SW Conference – Edição Especial Live”, que aconteceu de 03 a 18 de agosto e foi realizado 100% online e gratuito pela “Qualidade Corporativa – Smart Workplaces”,  três dos painéis focaram no mercado imobiliário. Este que vai passar por significativas transformações no “modo de consumo” dos clientes, sejam eles de interesses corporativos ou residenciais.  

Entre os especialistas convidados para esse painel estavam Camila Mariê da Cinque Arquitetura; Frederico Freitas da Target Real Estate); Cíntia Mello da Duo Arquitetura e Design; Gustavo Justo da Justo Imóveis; Thais Trentin da Workplace Arquitetura Corporativa; e Rosângela Dower da Vizzio Real State Strategy. Os palestrantes destacaram durante as lives a necessidade de adaptação ao chamado “novo normal”, bem como a importância de aplicar um método de trabalho completamente diferente e compatível com a nova realidade.  

Segundo eles, o principal tripé que vai nortear as exigências para imóveis daqui para frente envolve tecnologia, sustentabilidade e acessibilidade com espaços que se conectam. Os especialistas não acreditam em redução dos espaços, mas na readaptação dos ambientes físicos com uma tendência para a retomada dos edifícios multiusos, que permitem aproveitar áreas que ficariam sem utilidade num final de semana, por exemplo, por se apenas corporativo, ou que ficariam sem aproveitamento durante semana por ser residencial.  

 

MERCADO IMOBILIÁRIO NA CONTRAMÃO DA CRISE

A boa notícia é que existe hoje um panorama favorável. Apesar do mundo enfrentar uma crise, o segmento ficou aquecido, registrando alta na demanda a um juros baixo. Um cenário nunca visto antes e com enorme potencial de gerar negócios. Reflexo disso é que por estarem muito tempo em casa durante o isolamento social, as pessoas começaram a observar defeitos e qualidade dos imóveis e que antes eles não percebiam.  

Gerou, então, uma demanda por reformas e adaptação dos espaços, uma vez que as pessoas estão buscando mais qualidade de vida em casa, ambientes onde as crianças possam brincar e, portanto, maiores. Outras necessidades que as pessoas têm apresentado quanto aos imóveis são ambientes que ofereçam contato com a natureza e boas áreas de convivência, além da possibilidade de criar “aquele cantinho” mais tranquilo e deixá-lo reservado para o home office 

Muitos ainda devem permanecer trabalhando em casa, outros talvez sigam no modelo híbrido (uma parte home office e outra na empresa). E mesmo quem voltar à rotina tradicional de trabalhar no ambiente corporativo, de alguma forma, a partir de agora, vai ter outra visão sobre “estar em casa e ir trabalhar”. Haverá, segundo os especialistas das lives, uma grande mudança no estilo de vida e comportamento das pessoas.  

Muitos adaptaram-se facilmente ao home office. Perceberam os benefícios, como, por exemplo, economia de tempo e redução do estresse evitando a exposição diária às dificuldades do transporte público. Descobriram ainda que podem usar o tempo gasto no trânsito para investir na saúde, ter mais controle sobre os horários e, assim, cuidar melhor do sono, da alimentação e compartilhar momentos com a família.  

Inclusive o desempenho profissional de muitos foi bem melhor do que quando estavam presencialmente na empresa, justamente por trabalharem no horário em que sentem-se mais produtivos e por estarem em um ambiente que os agrade mais. Por isso, vai ser preciso inovar também nos imóveis. Haverá uma grande oferta de espaços e ambientes prontos para novas experiências. 

É exatamente nesse ponto que se destaca a importância do cuidado com os ambientes e como eles impactam no cérebro das pessoas, como bem explica a neurociência aplicada à arquitetura e que pode ser utilizada em qualquer segmento do mercado, seja em clínicas, hospitais, empresas, indústrias ou em escolas. E todos têm ligação direta com o mercado imobiliário. 

Quem quiser manter o espaço físico de trabalho vai precisar adaptá-lo de qualquer maneira, afinal, a tendência é levar em consideração cada ser humano presente no espaço, pois os colaboradores do futuro vão demandar um espaço feito e pensado para eles. O “novo consumidor, empreendedor” vai exigir inovação e criatividade.  

Vamos enfrentar transformações significativas na humanidade e até mesmo desconhecidas até o momento. Oferecer aos colaboradores a possibilidade de adaptarem-se, procurando pelos momentos mais produtivos de cada um, sem estarem sob a pressão por um horário de entrega, de entrada e saída, é pensar no ser humano e nos faz criar uma outra visão de espaço.  

Essa flexibilidade e transformação do comportamento do ser humano frente às relações sociais e de trabalhovão fazer a diferença para gerar ambientes mais saudáveis para que as pessoas possam focar na produtividade, saúde e bem-estar. 


* Conteúdo produzido pela Visão Estratégica Comunicação (www.visaoestrategica.com.br)

 

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Priscilla Bencke

Arquiteta, pós-graduada em Arquitetura de Interiores, se especializou em Projetos para Ambientes de Trabalho na escola alemã Mensch&Büro Akademie.

Única profissional no Brasil com a certificação “Quality Office Consultant”.

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